HOMENAGEM
O ingresso do Rafael
no grupo de WhatsApp, despertou nos componentes do grupo muitas saudades do
Vitorio, pois ele, Roberto, Tomás e Rafael formavam um quarteto inseparável.
O Vitorio morou muitos
anos em Mogi das Cruzes. Era amigo de infância do Rafael. Como disse Rafael: O
Vitorio deixou uma marca indelével nos que tiveram a oportunidade de conviver
com ele. Como eu! Durante o Curso de Medicina, foi para mim o irmão que não
tive (só tenho irmãs: 3).
Ao dar as boas-vindas
ao Rafael, Tomás contou que em 22.07.20 atendeu a filha do Vitorio, a Karina.
Ela tem um menino de 5 anos de idade que se chama Vitorio! Que saudades do
Itália!
Rafael, Plínio Garcia, Vitorio e Paulo Olzon em
uma festa próxima a BIREME (1967)
(Rafael pediu ao Tomás que a foto
acima fosse encaminhada à Karina)
O Ewaldo também se
expressou: Saudades do Boccaleeeeeeeeeetti!
O Stephan fez o
seguinte depoimento: Conheci você, Rafael e o Vitorio no primeiro dia de aula.
Era o fim do dia, estava molhado, careca e com o Gardner dentro de um saco
plástico. Tomei o ônibus Penha Vila Mariana lotado e vi dois caras de avental
molhado e Gardner debaixo dos braços. O mais baixinho reclamava, xingava e
dizia que esses veteranos eram todos fdp. Aí ele virou para você e falou
“amanhã eu tranco aqui e vou para a Santa Casa”, aí virou para mim e falou “olha
o que fizeram até molharam a capa do livro”, mas ele estava mesmo indignado que
algumas semanas antes raparam a cabeça dele e agora que o cabelo já estava
crescendo, abriram uma avenida na cabeleira dele. Xingou a viagem toda. Quando
desci no Largo da Concórdia, ele ainda falava “Rafael, amanhã nós vamos para a
Santa Casa”. Foi um dos mais icônicos durante os seis anos e depois na
residência.
Yassuo lembra com
saudades do Vitorio, companheiro de Anatomia e que era muito boa gente, com o
qual eu concordo plenamente.
Takao disse que tinha
duas lembranças do Vitorio: uma boa e outra má (como sempre!). Era a prova de
Psiquiatria e o Vitorio sentou-se atrás de mim para colar; a má notícia é que
nós dois nos fu..., pois eu não sabia (e ainda não sei) nada dessa
especialidade de sonhos protetores do sono e de pesadelos...
MIlton o elogia assim:
Grande Vitorio... uma pessoa incrível. Todo mundo gostava dele.
Aí um cidadão chegou
no P.S. às 4 horas da matina, relata Valdir Camargo: “Doutor, minha namorada
num aguenta meu mau hálito!”. O doutorando Vitorio na receita: Chiclete Adams
3x ao dia.
Choppada da Büller em 12.1972
Tomás conta do Vitorio
como R1: no P.S. tinha um cara com um esfigmomanômetro na cabeça! O Vitorio
disse que ele se queixava de pressão na cabeça, então ele colocou o aparelho para
tirar pressão e deixou o paciente lá.
Vitorio seguiu a especialidade
de neurocirurgia. Em 1981, atendeu a esposa do Rafael, por trauma craniano, vítima
de um atropelamento por moto. Com diagnóstico de leucemia, em 1987, foi a
Seattle, nos EUA, para fazer transplante medular. Aqui no Brasil, ainda se
engatinhava nesse tipo de tratamento. Recebeu alta hospitalar, mas adquiriu uma
virose, pois estava com a imunidade baixa. Foi o primeiro de nossa turma a nos
deixar.
Krikor conta que Vitorio
era muito seu amigo. Quando faleceu, foi falar com o prefeito, na época, Jânio
Quadros, e fez-se uma homenagem dando o nome do Vitorio a uma Unidade Básica de
Saúde da PMSP. Assim, a antiga UBS Vila Praia (no Morumbi) recebeu o nome de UBS Vitorio Rolando Boccaletti!
compilado por
Walter Whitton Harris
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