segunda-feira, 27 de julho de 2020

VITORIO ROLANDO BOCCALETTI

HOMENAGEM 

O ingresso do Rafael no grupo de WhatsApp, despertou nos componentes do grupo muitas saudades do Vitorio, pois ele, Roberto, Tomás e Rafael formavam um quarteto inseparável.

O Vitorio morou muitos anos em Mogi das Cruzes. Era amigo de infância do Rafael. Como disse Rafael: O Vitorio deixou uma marca indelével nos que tiveram a oportunidade de conviver com ele. Como eu! Durante o Curso de Medicina, foi para mim o irmão que não tive (só tenho irmãs: 3).

Ao dar as boas-vindas ao Rafael, Tomás contou que em 22.07.20 atendeu a filha do Vitorio, a Karina. Ela tem um menino de 5 anos de idade que se chama Vitorio! Que saudades do Itália!

 
Rafael, Plínio Garcia, Vitorio e Paulo Olzon em uma festa próxima a BIREME (1967)
(Rafael pediu ao Tomás que a foto acima fosse encaminhada à Karina)

O Ewaldo também se expressou: Saudades do Boccaleeeeeeeeeetti!

O Stephan fez o seguinte depoimento: Conheci você, Rafael e o Vitorio no primeiro dia de aula. Era o fim do dia, estava molhado, careca e com o Gardner dentro de um saco plástico. Tomei o ônibus Penha Vila Mariana lotado e vi dois caras de avental molhado e Gardner debaixo dos braços. O mais baixinho reclamava, xingava e dizia que esses veteranos eram todos fdp. Aí ele virou para você e falou “amanhã eu tranco aqui e vou para a Santa Casa”, aí virou para mim e falou “olha o que fizeram até molharam a capa do livro”, mas ele estava mesmo indignado que algumas semanas antes raparam a cabeça dele e agora que o cabelo já estava crescendo, abriram uma avenida na cabeleira dele. Xingou a viagem toda. Quando desci no Largo da Concórdia, ele ainda falava “Rafael, amanhã nós vamos para a Santa Casa”. Foi um dos mais icônicos durante os seis anos e depois na residência.

Yassuo lembra com saudades do Vitorio, companheiro de Anatomia e que era muito boa gente, com o qual eu concordo plenamente.

Takao disse que tinha duas lembranças do Vitorio: uma boa e outra má (como sempre!). Era a prova de Psiquiatria e o Vitorio sentou-se atrás de mim para colar; a má notícia é que nós dois nos fu..., pois eu não sabia (e ainda não sei) nada dessa especialidade de sonhos protetores do sono e de pesadelos...

MIlton o elogia assim: Grande Vitorio... uma pessoa incrível. Todo mundo gostava dele.

Aí um cidadão chegou no P.S. às 4 horas da matina, relata Valdir Camargo: “Doutor, minha namorada num aguenta meu mau hálito!”. O doutorando Vitorio na receita: Chiclete Adams 3x ao dia.

 

Choppada da Büller em 12.1972

Tomás conta do Vitorio como R1: no P.S. tinha um cara com um esfigmomanômetro na cabeça! O Vitorio disse que ele se queixava de pressão na cabeça, então ele colocou o aparelho para tirar pressão e deixou o paciente lá.

Vitorio seguiu a especialidade de neurocirurgia. Em 1981, atendeu a esposa do Rafael, por trauma craniano, vítima de um atropelamento por moto. Com diagnóstico de leucemia, em 1987, foi a Seattle, nos EUA, para fazer transplante medular. Aqui no Brasil, ainda se engatinhava nesse tipo de tratamento. Recebeu alta hospitalar, mas adquiriu uma virose, pois estava com a imunidade baixa. Foi o primeiro de nossa turma a nos deixar.


Krikor conta que Vitorio era muito seu amigo. Quando faleceu, foi falar com o prefeito, na época, Jânio Quadros, e fez-se uma homenagem dando o nome do Vitorio a uma Unidade Básica de Saúde da PMSP. Assim, a antiga UBS Vila Praia (no Morumbi) recebeu o nome de UBS Vitorio Rolando Boccaletti!
compilado  por
Walter Whitton Harris

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