segunda-feira, 27 de julho de 2020
VITORIO ROLANDO BOCCALETTI
quarta-feira, 22 de julho de 2020
REMINISCÊNCIAS
(baseadas em mensagens recebidas por WhatsApp)
Viagem realizada em fins de dezembro de 1970 e em janeiro de 1971
Esta foto o Molla tirou do baú.
A viagem começou com o trajeto São Paulo/Rio de Caravelle pela Varig e depois de Boeing 707 da Aerolineas Argentinas para a Europa. Pararam em primeiro lugar no Aeroporto de Málaga, devido ao mau tempo. O pouso não foi dos melhores, o avião rabeou na pista. Enfim, entraram na Europa pelo portão de Lisboa.
O Kasinski levou o pessoal, no primeiro dia em Portugal, para um restaurante ótimo! E comeram lagosta! Resultado: no primeiro dia foi 10% da grana para passar 45 dias! A partir daí foi só café da manhã, incluído na diária, e jantar! Basta lembrar que, na época, não havia cartão de crédito e se o $$ acabasse não se comia.
O Edson relatou que nunca tinha passado o Réveillon fora da sua casa. Estavam em Lisboa (primeira parada) e combinaram de se reunir num restaurante... dois ou três táxis, cada táxi foi para um canto. Como ele disse: nós nos perdemos, ficamos, eu acho, Ewaldo, Valdir, Drauzio e eu, não sei se mais gente, num lugarzinho onde bebemos e comemos muito bem a noite toda...
Ocilmar lembra que tomou o maior fogo da sua vida na passagem de ano em Lisboa. Cada restaurante em que entravam, eram saudados com champanhe. Relata “Quando saí não sentia mais a calçada!”
Dorival também recordou que ele e Ocilmar passaram o réveillon num restaurante e que foram cantar no palco.
De Vita relatou que num restaurante português, estavam numa mesa grande e atrás na parede havia várias prateleiras com garrafas de vinho Mateus Rosé, uma do lado das outras, bem juntinhas. Na hora de ir embora, percebeu que os vinhos das prateleiras estavam muito distantes umas das outras, mas todas arrumadinhas. Por que será? kkkkk.
Em Roma, noite fria, com pouca gente. Na Fontana de Trevi, depois que ficou vazia, um grupo entrou na fonte e pegou o que deu das moedas.
Em Veneza, Grottone, De VIta e mais alguns resolveram tirar sarro de uma mesa onde só tinha italianos, fazendo menção aos 4x1 do Brasil sobre a Itália na Copa do Mundo de 1970. Resultado, tiveram que sair correndo com a reação da italianada.
Tomás se lembrou de que ficaram em Orly aguardando o voo que não saía por causa do mau tempo! E tomaram todas!
Drauzio comentou que foi uma viagem maravilhosa, com pouquíssima grana, mas se divertiram muito...
Conheceram o Playboy Club em Londres, tendo como guia o Kasinski.
O Grottone estava noivando... e que, segundo o Ewaldo, tinha comprado um Dimple para o sogro, que em Amsterdam roubaram e tomaram, ajudados pelo Tomás e outros a beber o uísque roubado dele. Depois do fogo em Amsterdam, comentou o Edson, foram ver Rembrandt no dia seguinte, e se lembra de ter ficado sentado olhando de longe, com uma ressaca monumental...
Valdir Camargo lembra que foi a primeira vez que viu neve na vida.
Segundo o Edson, essa foi uma viagem marcante.
Sua primeira vez na Europa, pouquíssimo dinheiro, um frio de matar... Emoções
não faltaram...
Até hoje usa, eventualmente, o relógio Omega Dynamic comprado em Zurique.
Tomás disse que também comprou um para o seu
pai!
E se lembrou de um episódio na loja da Omega quando
alguns relógios “extraviaram” depois da visita do pessoal. Se não aparecessem,
a coisa ia ficar feia! Misteriosamente os relógios foram devolvidos! Coisa de
índio!
Edson comentou: Não era da nossa turma, mas
viajava com a gente... Alguns estudantes de direito, se não me engano da USP,
foram juntos para tornar a viagem economicamente viável...
Drauzio completou: Era advogado já formado e “surrupiou”
um relógio em Genebra e foi filmado. Foram até o hotel onde estávamos
hospedados e deixaram um envelope na portaria “orientando” que o relógio
poderia ser devolvido pelo correio, para evitar problemas... Fizemos uma “pressão” em cima do tal advogado
e ele confessou o roubo. Em seguida mandou o relógio pelo correio. Ele foi
junto com algumas “meninas alegres” que faziam parte do grupo da viagem e completaram o grupo para baratear as
passagens.
De Vita disse que o tal advogado tirou o sarro da gente que ficava “pegando” bobagens, cartão postal, sorvete, bala, tudo trombadinha. Contávamos as histórias no ônibus e o Ewaldo classificava por cruzes. As melhores recebiam 4 cruzes. Quando ele foi pego, teve que sair do grupo e viajou não sei para onde.
Antes da viagem o Drauzio e o Ewaldo foram a uma festa com estas garotas e a coisa pegou feio... Foi uma prévia da viagem!
Lembraram-se do show do Stabile em uma boate em Frankfurt, quando subiu ao palco para “pegar” a atriz e os seguranças entraram em ação. kkkkk. Foi um show erótico! Quem viu, não esquece jamais.
Segundo o Ewaldo, para ele também fora sua primeira viagem à Europa, um ignorante brasileiro da cultura europeia e do mundo.
compilado por
Walter Whitton Harris
(que não foi na viagem)